terça-feira, 23 de agosto de 2011

NÓ NO LENÇOL

Em uma reunião de pais, numa Escola da periferia,
a Diretora ressaltava o apoio
que os pais devem dar aos filhos.
Pedia-lhes, também, que se fizessem
presentes o máximo de tempo possível.
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela
comunidade trabalhassem fora,
deveriam achar um tempinho para se
dedicar e entender as crianças.
Mas a Diretora ficou muito surpresa quando um pai se
levantou e explicou, com seu jeito humilde,
que ele não tinha tempo
de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana.






Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho

ainda estava dormindo.

Quando voltava do serviço era muito tarde e

o garoto não estava mais acordado.







Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover

o sustento da família. Mas ele contou, também,

que isso o deixava angustiado por não ter tempo

para o filho e que tentava se redimir

indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.







E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um

nó na ponta do lençol que o cobria.

Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia

beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó,

sabia, através dele, que o pai

tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de

comunicação entre eles.







A Diretora ficou emocionada com aquela história singela e

emocionante. E ficou surpresa quando constatou

que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai

ou uma mãe se fazerem presentes ,

de se comunicarem com o filho.

Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente.

E o mais importante é

que o filho percebia, através do nó afetivo,

o que o pai estava lhe dizendo.

Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as

coisas e esquecemos o principal, que é

a comunicação através do sentimento.

Simples gestos como

um beijo e um nó na ponta do lençol,

valiam, para aquele filho, muito mais que

presentes ou desculpas vazias.

É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é

importante que eles saibam, que eles sintam isso.

Para que haja a comunicação,

é preciso que os filhos "ouçam" a linguagem do nosso

coração, pois em matéria de afeto,

os sentimentos sempre falam

mais alto que as palavras.

É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro

afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho,

o ciúme do bebê que roubou o colo,

o medo do escuro. A criança pode não entender o

significado de muitas palavras, mas sabe

registrar um gesto de amor.

Mesmo que esse gesto seja apenas um nó.

Um nó cheio de afeto e carinho.

E você... Já deu algum nó afetivo

no lençol do seu filho, hoje?



Autor: desconhecido


















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